Teologia do Sofrimento na Missão de Deus

Barbara Helen Burns

Para Glen Every-Clayton, é Deus que as vezes permite ou até cria sofrimento como parte da sua “missão”. Nas anotações de Every-Clayton em Apocalipse 6:1-8 na Bíblia Missionária de Estudo ele mostra que Deus atua também no sofrimento. Podemos ver isso desde Gênesis, com os castigos despertadores e reparadores de Deus sobre sua criação.

Jesus não se isentou do sofrimento e não prometeu esta ausência para seus discípulos. Em Lucas 21:17-19 Ele disse aos seus discípulos: “E sereis odiados de todos por causa do meu nome. Mas não se perderá um único cabelo da vossa cabeça. Pela vossa perseverança ganhareis as vossas almas.”

O sofrimento pode ter objetivo de manifestar a glória de Deus, como nas dez pragas do Egito ou no homem cego em João 9:2-3. Também as vezes é permitido para nos aperfeiçoar, como em Tiago 1:2-3 “Meus irmãos, tende por motivo de grande gozo o passardes por várias provações, sabendo que a aprovação da vossa fé produz a perseverança.” Romanos 5:1-5 ensina a mesma verdade e que devemos nos regozijar na tribulação pelo que produz.

A gente poderia simplesmente falar sobre a “Teologia do Sofrimento”, sem incluir a “Missão de Deus”. Mas sua inclusão indica acertadamente uma ação propósital de Deus no sofrimento, tanto de todas as pessoas como o sofrimento dos crentes.

O seguinte relato é um resumo de momentos de aprendizado na minha vida sobre sofrimento em relação aos servos de Deus e em relação aos propósitos de Deus em nossas vidas. Não é sobre sofrimento em geral, de pobreza, opressão, criminalidade, prostituição, doenças e outros tipos de sofrimento em geral que muitas vezes é resultado do pecado profundo no caráter do ser humano. É sobre o sofrimento dos crentes enquanto no serviço do Senhor.

Há 41 anos que o meu primeiro aluno que se tornou missionário, Clésius, foi para Moçambique trabalhar com uma casa de recuperação. Após apenas três meses, ele foi encarcerado pelos comunistas golpistas, junto com seus colegas missionários americanos e africanos. Eu não sabia sobre isso por um tempo, pois estava em viagem com uma equipe da JOCUM, viagem que deu início a minha formação de uma teologia e atitudes sobre sofrimento antes de receber o choque da notícia de Clésius na prisão.

As Pegadas de Jesus

No momento da prisão do meu amigo e ex-aluno, Clésius, eu estava em Israel, uma visita que marcou minha vida. Como a maioria dos turistas, segui as pegadas de Jesus. Vi o que Ele sofreu como homem de verdade – cansaço, fome, sede, sujeira, humilhação, dor terrível e morte excruciante de vergonha e maldição.

Porque isso? Quem fez isso? No final das contas, foi Deus que fez. Foi a missão de Deus! Isaías 53 deixa claro que Deus Pai foi o autor do sofrimento de Jesus. “O Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos” (vs 6), “Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando der ele a sua alma como oferta pelo pecado” (vs 10). Jesus pediu o Pai que o livrasse do cálice no Jardim de Getsêmane, mas não foi a vontade de Jesus que prevaleceu, mas do Pai. Ele “aprendeu obediência” como homem encarnado (Hb 5:8 e Fp 2:8).

Jesus disse aos seus discípulos surdos e incrédulos que ele sofreria, morreria e ressurgiria. Para o choque deles, tudo aconteceu. Ele também falou que seus seguidores sofreriam as mesmas coisas. Em Lucas 21:17-19 Jesus disse: “E sereis odiados de todos por causa do meu nome. Mas não se perderá um único cabelo da vossa cabeça. Pela vossa perseverança ganhareis as vossas almas”.

É exatamente isso que aconteceu e está acontecendo hoje. João, Paulo, Pedro e Tiago falam da realidade do sofrimento da Igreja. Em Tiago 1:2-3 ele escreve: “Meus irmãos, tende por motivo de grande gozo o passardes por várias provações, sabendo que a aprovação da vossa fé produz a perseverança”. Para realmente desenvolver uma teologia de sofrimento na missão de Deus, devemos buscar em cada um destes autores um discernimento sobre o assunto, algo que não vou fazer neste breve estudo.

Mas deixe-me voltar para minha viagem de descoberta sobre o sofrimento.

As Pegadas de Paulo

O próximo impacto que levei sobre sofrimento e missões veio quando visitamos a prisão em Filipos. Era tudo uma ruina, menos uma cela, que ainda tinha quatro paredes. Pensei, “é aqui a cela de Paulo. Deus a conservou!” Imaginei Paulo e Silas, suas costas em tiras de carne cru e presos de mãos e pés. A dor deve ter sido enorme. Mas o que estavam fazendo? Cantando!

Paulo nunca reclamou sobre o sofrimento dele como missionário. Foi como natural e um privilégio identificar com Jesus desta maneira. Ele escreveu mais que uma vez que era “prisioneiro do Senhor”. Fazia parte da vida normal. Parece que sofrimento não é apenas aguentar, mas curtir (veja Cl 1:24). Paulo pede para os filipenses se alegrarem sempre, mesmo no sofrimento e na prisão dele próprio. Em Efésios 3:13, um texto um tanto dificil compreender, ele pede para a igreja não se entristecer da prisão dele, porque é a glória deles. Realmente ele ficou preso por causa da sua missão aos gentios e a formação de igrejas com judeus e gentios no mesmo pé. Os efésios são prova disso, igreja heterogênea, unida e amada.

Os escritos de Paulo repetem este tema. Em 2 Tm 3.12 ele escreveu ao seu discípulo: “Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos”.  1 Pe 2.21-23)

Depois, numa parada em Éfeso, visitamos o anfiteatro onde a multidão se reuniu para pedir a vida de Paulo. Imaginei o barulho naquele dia, pois qualquer conversa normal no meio é ouvida claramente mesmo no topo da arquibancada onde cabia até 50.000 pessoas.

Ao longo da viagem, profecias mostravam que Paulo ia sofrer em Jerusalém, informações que não impediam a sua volta. No fim, ceifaram a vida dele em Roma, algo esperado e até desejado.

Neste ponto poderíamos inserir muitos textos sobre atitudes dos apóstolos e primeiros crentes sobre sofrimento. Há o exemplo de Atos 4:5-31 quando não pediram livramento do sofrimento, mas intrepidez e poder. Há outros açoites, naufrágios, doenças, perigos e perseguições em abundância, tudo escrito por Lucas com a maior naturalidade. Pedro topou o sofrimento como preço a ser pago pela obediência em pregar o Evangelho. Ele escreveu em 1 Pedro 2:18-24:

Servos, sede submissos, com todo o temor ao vosso senhor, não somente se for bom e cordato, mas também ao perverso; porque isto é grato, que alguém suporte tristezas, sofrendo injustamente, por motivo de sua consciência para com Deus. Pois que glória há, se, pecando e sendo esbofeteados por isso, o suportais com paciência? Se, entretando, quando praticais o bem, sois igualmente afligidos e o suportais com paciência, isto é grato a Deus. Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos, o qual não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca; pois ele, quando ultrajado, não revidava com ultraje; quando maltratado, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente, carregando ele mesmo em seu corpo sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes sarados.

A morte de Jesus em nosso lugar era a missão do mais alto nível de Deus em nosso favor, e é o ponto central da nossa missão em anunciar o perdão e transformação que vem através do arrependimento e fé nele, seja qual for o preço que temos que pagar.

A Viagem Continuou

Os próximos pontos da nossa viagem e as lições sobre sofrimento nos aguardaram na Turquia e em alguns países comunistas, ainda fechados naquela época. Na Turquia vi um absoluto ausência de Cristãos, apenas estimação de 50 em uma população de 50mi! E estes 50 não poderiam se manifestar, com perigo da vida. (Para ver como esta situação tem mudado, veja a nota da Tonica na roda-pé.)

Na entrada de um dos países comunistas descobriram algumas Bíblias no meio da nossa bagagem. Olharam em tudo, inclusive dentro de contéiners de comida, como flocos de aveia e pasta de amendoím. Quando chegamos em Kiev, na Ucrânia, ficamos sabendo que sete irmãos cristãos foram pegos a semana anterior e estavam presos naquela cidade. Eles estavam clandestinamente imprimindo a Bíblia e, como consequência, estavam sofrendo não sabíamos o que tratamento naquela prisão. Me impressionou muito saber que estavam perto, num lugar desconhecido, queridos membros da minha família cristã. Homens corajosos para cumprir a missão de Deus.

Ao sair de lá para Europa, recebi a correspondência sobre a prisão de Clésius em Moçambique. Neste momento tudo que tinha refletido e aprendido sobre sofrimento na missão veio parar no meu coração!

Foi pesado!

O Sofrimento Chegou Mais de Perto

Na minha adolescência nos Estados Unidos, vivemos amendrontados com a ameaça da Guerra Fria se tornar guerra de verdade. Soubemos de milhares de pessoas massacradas na União Soviêtica pela sua fé, de lavagem cerebral de crianças, de restrições de igrejas. Irmão André começou seu ministério de alto perigo, levando Bíblias escondidas no seu fusca para os países comunistas. Muitas histórias terríveis de fome, tortura e mortes chegaram.

Agora Clésius estava em uma dessas prisões. E a gente não sabia o que estava  acontecendo com ele. Foi um choque muito grande, trazendo para perto o sofrimento.

Logo depois disso voltei para Brasil. As pessoas aqui estavam em choque também. Havia pessoas muito revoltados comigo, acusada de ser a razão da prisão dele. Tristeza, medo e choque marcou todos os amigos de Clésius, colegas de escola e membros da sua igreja e família.

Para nós, no Instituto Bíblico de Cianorte, o choque levou um grupo de alunos a começar a Missão Antioquia. O desespero e tristeza nos levou a reunir em grupo para orar regularmente pelo Clésius. Nestas reuniões de oração na minha casa começou a surgir uma novidade, além do desejo de ver Clésius liberto e salvo. Começamos a orar pelos carcereiros e pelo país de Moçambique. Começamos a orar por outros países. O desejo foi tão grande que decidimos publicar um boletim de oração e informações (a “InforMA”) sobre Clésius, missões e países necessitados. Decidimos nos organizar e a primeira diretoria da Missão Antioquia foi formada, com Clésius como Presidente em ausência.

Olhando para trás, entendo que o sofrimento de Clésius foi um propósito de Deus para poder acordar aquele grupinho no Paraná e começar um ímpeto que levou à formação de uma missão evangélica brasileira, missão que ainda atua com êxito ao redor do mundo.

Se fôssemos falar com Analzira, Tonica, Maria Pires e muitos outros missionários brasileiros que passaram por sofrimento e até prisões, creio que vamos ouvir a mesma coisa – não foi fácil, mas Deus tinha um propósito e Ele estava presente.

Podemos falar nesta altura, “Tudo bem, Deus tem um propósito no sofrimento dos seus servos, mas os outros que sofrem? Parece que muitas pessoas inocentes sofrem com enchentes, incêndios, guerras, terremotos e tsunamis. Deus não está sendo injusto em permitir estes desastres, violência e mortandade? Vamos abrir um parêntese neste pequeno estudo para pensar sobre este assunto do sofrimento em geral.

Como Explicar Sofrimento em Geral?

Há muito que não entendemos nos propósitos de Deus, mas algo é compreensível – este mundo é sujeito a todo tipo de luta, dor, sofrimento, fome e doença pelo fato que um belo dia Adão e Eva decidiram desobedecer uma clara ordem de Deus. Por causa disso eles perderam tudo. Foram expulsos do mais lindo paraíso e a comunhão direta com Deus para o deserto de sequidão, lutas, labor, dor, conflitos e separação de Deus. Deus os tinha advertido, mas não deram ouvidos e conscientemente pecaram contra ele.

Parece que esta atitude de independência, arrogância e desobediência não parou por lá. Em toda história da humanidade se repete. Se não fosse a graça do Senhor, seu amor e misericórdia, todos estaríamos condenados à desgraça sem Deus.

Por isso Deus intervem, ordena ações, castiga, chama a atenção, pois é Senhor de todas as nações. Nós não podemos julgar a razão de Deus atrás das ações (tipo – “É! Ele merece!” ou “Eles fizer isso ou aquilo, e Deus está castigando”). Nós não sabemos, mas podemos ter plena certeza que Deus é justo e está assentado no seu trono sobre todas as nações. Ele está no controle da ecologia, permite as guerras e toma conhecimento e conta deste mundo todo.

Em vez de julgar, nossa responsabilidade é de agir com amor. A igreja na Guatemala surgiu e cresceu muito, após a ação de crentes que foram socorrer milhares de pessoas depois do grande terremoto. A mesma coisa na China, Chile, Sri Lanka e outros.

Sofrimento nos dá oportunidade de serviço sacrificial em favor das pessoas necessitadas que Deus ama.

O Futuro dos que Sofrem por Jesus

Para terminar quero relatar um pouco o conteúdo de uma mensagem que ouvi estes dias de Erwin Lutzer, pastor de Moody Church em Chicago.

Primeiro, Pr. Lutzer ressalta que não podemos descartar o fato da ira de Deus, mesmo sendo um conceito não muito aceitável em nosso mundo relativista e passivo onde a impunidade é comum. Deus tem ira? Com certeza, afirmado em muitos textos bíblicos e demonstrado nos julgamentos feitos ao longo da Bíblia, de Gênesis a Apocalipse.

Apocalipse 15 mostra a consumação dramática da ira de Deus. Neste capítulo há uma mistura de “cólera” de Deus e grandes louvores a Ele pela sua grandeza, justiça e verdade, algo que vai trazer as nações à submissão e temor a Ele (Ap 15:3-4).

Em Apocalipse 6 há uma visão dos mártires, vestidos de branco, diante do trono de Deus. Eles clamavam em grande voz: “Até quando, ó Soberanos Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?” (vs 10). A resposta foi de esperar um pouco mais, “até que também se completasse o número dos seus conservos e seus irmãos que iam ser mortos como igualmente eles foram” (vs 11).

A continuação desta cena está em capítulo 7, com grande multidão de pessoas de todas as nações, tribos e línguas diante do trono, também vestidos de branco. São pessoas que, pela inferência, foram mortos durante a “grande tribulação”, salvos pelo sangue do Cordeiro (Ap 7:14). Sofreram, e muito, mas não estão lamentando e reclamando. Ao contrário, estão cantando:

“Ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação.”

E ajuntaram-se com eles outros presentes, cantando:

“Amém, O louvor e a glória, e a sabedoria, e as ações de graças, e a honra, e o poder, e a força sejam ao nosso Deus, pelos séculos dos séculos. Amem!” (Ap 7:9-13)

No livro de Apocalipse há o contraste entre os inimigos de Deus, inclusive multidões e poderosos temíveis, e os fiéis, que muitas vezes dão a vida pelo testemunho. Mas estes vencem “por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram e, mesmo em face da morte, não amaram a própria vida” (Ap 12:11).

O sofrimento dos crentes no final dos tempos descrito em Apocalipse é permissão de Deus. À besta blasfema que vem do mar em Apocalipse 13 é dado poder para perseguir os santos e os vencer (Ap 13:7).  Aí vem o teste: os verdadeiros santos vão resistir, até a morte. E a besta receberá a recompensa; ele que levava para o cativeiro, será levado e ele que matava pela espada, será morto à espada (Ap 13:10). A justiça de Deus é a esperança dos santos, ajudando na perseverança e fidelidade frente à crueldade.

No final, os santos vencem, mesmo sofrendo e morrendo. Eles não reclamam. Eles confiam na justiça de Deus, explicitamente descrito com a ira ou cólera de Deus.

As profecias do “Dia do Senhor”, dia de juizo e grande júbilo aparecem com frequência no Antigo Testamento com seu cumprimento no livro de Apocalipse. Paulo disse que os sofrimentos desta vida não tem comparação com a glória do porvir (Rm 8:17-18), inclusive produz glória acima de toda comparação (2 Co 4:17).

Os Avisos de Sofrimento não são Motivo para a Passividade

Frente a todas estas profecias, cenas de luta e morte, tribulação, galardão e glória, não devemos, como igreja, ficar passiva diante do sofrimento de outros. O mal deste mundo deve ser denunciado, combatido e vencido. Efésios 5:11 exorta a igreja a não participar do mal das trevas, mas “reprovai-as”! Fundamentado nas promessas e a justiça de Deus, precisamos ajudar o injustiçado, defender os direitos dos fracos, visitar os presos, compartilhar nossos bens com os pobres e apoiar os que sofrem. Devemos “sofrer com os que sofrem” (1 Co 12:26).

Nossa confiança em Deus é ativa, não passiva.

Profetas como Miquéias, Isaías e Jeremias denunciaram o mal e a injustiça. O próprio Jesus destruiu as mesas dos enganadores no Templo e constantemente chamava atenção dos hipócritas que exploravam o povo. As cartas no Novo Testamento exortam os fiéis a viver de forma justa, amorosa e reta, fazendo diferença como luzes no meio das trevas.

Ao meu ver os marxistas conseguiram roubar a igreja de uma verdade maravilhosa por causa do seu papo do céu ser “o ópio do pobre”. Não é ópio, é herança! É glória e eterna perfeição na presença de Deus. Mas pouco se ouvem mensagens sobre o assunto, por medo das críticas.

Conclusão

Ouvi uma mensagem uma vez sobre o sofrimento dos cristãos. A pregadora falou que temos que estar preparados para sofrer para Cristo. Como preparar? Sendo fiel agora, não reclamando dos problemas ou as injúrias muitas vezes bem pequenas que recebemos, amando o inimigo, enfrentando a rejeição por causa de Jesus Cristo.

Muitas vezes eu penso: “fiquei tão brava com aquele motorista; como vou ficar se alguém está tirando minha vida de propósito?”

Que o Senhor nos ajude a aprender a sofrer as pequenas dificuldades, sempre crescendo para poder enfrentar com fidelidade as dificuldades maiores. Que ele nos ensine o que é ser fiel em qualquer circunstância, certos que ele é totalmente justo e que nos ama e não nos abandona, seja qual for a tribulação.