Gênesis 1:1-31

 

O Mundo de Deus

Deus criou… (Gn 1:1)

Salmo 19 diz,

Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos.

Romanos 1:20 reforça,

Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas…

Que mundo maravilhoso que Deus criou! O universo majestoso é insondável. Até agora ninguém conseguiu nem chegar perto de compreender sua vasta extensão e complexa função. O Jardim do Éden, com abundância de tudo que o homem precisava para uma vida plena, com meio ambiente perfeito e sem variação de clima ou poluentes destruidores, era habitado pelos animais e humanos que conviviam em total harmonia e tranquilidade. Era um mundo sem necessidades, dor, enchentes, terremotos, fome ou guerra. Não havia nenhum motivo de preocupação. Não existia estresse. Havia apenas plena comunhão e gozo entre homem e mulher, entre eles e seu Deus Criador. Que marcante foi o início do planeta Terra, privilegiado e abençoado acima da nossa capacidade de imaginação. Glória a Ele que fez tudo perfeito e por amor!

Além do mais, o homem, criado na própria imagem de Deus, foi destacado entre toda criação. Era com ele que Deus conversava durante os dias lindos naquele paraíso. Deus criou duas criaturas para administrar este mundo com quem Ele pudesse ter comunhão — seres inteligentes com os quais Deus tinha prazer de se relacionar.

Com estes textos podemos afirmar que Adão e Eva não eram os únicos amados no plano de Deus. Ele criou todos os seres, humanos e animais, e criou também todo o universo. Por isso Deus ama toda a sua criação. O amor de Deus é grande (Ef. 2:4) e não se extinguiu quando o homem O rejeitou.

Pergunto: “Qual é nosso sentimento e ação em relação à esta criação? Quais são as nossas reações quanto aos homens e mulheres, crianças e velhos que habitam conosco neste planeta? Acima de tudo, o que podemos saber de Deus e como continuar nos relacionando com Ele?”

Um parente próximo me escreveu depois do Natal passado dizendo: “Finalmente consegui entrar no espírito de Natal. Só tenho uma bronca todos os anos nestes dias. São as pessoas que se acham ‘boazinhas’ que contam as necessidades dos pobres e dos que sofrem. Não quero nem saber!”

Senti-me profundamente chocada e triste com esta revelação, meia (apenas meia) brincadeira, mas devastadora. Pensar e proferir este tipo de desaforo ao amor de Deus, que deve habitar em mim, demonstra total falta de compreensão dele, da sua criação e do universo. Mas, tenho que perguntar, o que eu devo fazer?

O livro de Tiago é impressionante na sua ênfase, sempre de acordo com a Bíblia toda, de respeitar todas as pessoas de forma igual. Se o rico entrar na igreja e o pobre também, temos que tratar os dois da mesma maneira. Não deixar ninguém com necessidades básicas. A comunhão e a unidade incluem a todos, de todos os níveis e idades.

Valorizar o próximo é identificar-se com o coração de Deus e honrar os homens e mulheres e, na medida do possível, tratar bem a Sua criação. O mais importante é glorificar o Deus Único Criador. É isso que devo fazer.