Gênesis 2:1-3

 

Vamos Descansar Também?

Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom (Gn 1:31)

 

Pensando bem, não temos nem ideia de como foi bom aquele Jardim do Éden onde colocou o primeiro casal. Até Deus viu Seu trabalho e achou bom. Satisfeito com tudo concluído, descansou. E não somente tirou um dia de folga, mas

. . . abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera (Gn 2:3).

Este descanso foi tão importante para o próprio Deus que depois instituiu entre os Israelitas também a guarda deste sétimo dia para descanso. Não apenas o sétimo dia da semana, mas o sétimo ano e o sétimo ano vezes sete, que se tornou o Ano de Jubileu. Além do homem descansar, a terra e os animais precisavam do descanso também. Ele, o Criador, conhecia bem a necessidade do corpo físico, emocional e espiritual. Tinha que haver um período regular para se separar dos afazeres desta vida e repor as energias e a carga espiritual de comunhão com Deus e equilíbrio emocional.

Israel repetidamente não obedeceu a esta ordem de Deus, e por isso foi enviado ao cativeiro por exatamente 70 anos, os anos acumulados de desobediência (2 Cr 36:21).

Será que a mesma coisa não acontece conosco quando não descansamos de acordo com a vontade de Deus? Deus descansou. Deus mandou o Seu povo descansar. Creio que ainda seja a vontade dele para Seu povo, mesmo sendo um povo ativista e pragmático como somos!

No Novo Testamento fica claro que as leis acerca do sábado mudaram, pois os novos crentes se reuniam no domingo, celebrando a ressurreição de Jesus. Além disso, Romanos 14:5 nos ensina a respeitar pessoas que celebram outros dias além dos nossos, tirando o absolutismo de ter um dia específico. Mesmo assim, a Igreja guardou um dia, tirou tempo para culto, louvor e estudo da Palavra.

A guarda do descanso é como sombra e símbolo da esperança daquele descanso perfeito que ainda nos aguarda (Hb 4:1-9) e que nos dá esperança. Devemos trabalhar agora, com paradas regulares e abençoadas, mas um dia nunca mais trabalharemos e voltaremos ao primeiro ambiente de um Jardim ainda mais farto e mais cheio da alegria de andar com e glorificar Deus constantemente.