Louvor de Verdade
Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. É em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens (Mt 15:8-9).
Louvor é um assunto que exige muita atenção e cuidado. É possível cantar, dançar, tocar, falar como se fosse jogar tudo numa lata de lixo. Não adianta se o coração não está perto de Deus, com as palavras e ações direcionadas para a glória Dele. Se está longe, com pensamentos longe de Deus, distraído com o ritmo ou as dançarinas, ou com motivos egoístas, tudo é em vão.
Além deste perigo (talvez muito mais comum do que deve ser), acusa aqui (citando Isaías 29:13) os falsos adoradores de ensinar doutrinas de homens, não de Deus. Se fôssemos examinar e comparar com os ensinos bíblicos todas as letras dos corinhos e músicas frequentemente cantados em nossas igrejas, descobriríamos uma lacuna enorme. Deus não “confia em mim” e nem sempre estou “rompendo em fé”. Ele nos ama muito mais que podemos imaginar, e não precisamos implorá-lo a nos amar mais ou aproximar mais. Louvor não é sobre mim, centrado em mim. Louvor é para Deus – a sua graça, misericórdia, bondade, justiça e soberania devem ser cantadas. Consistem em exaltar Deus, majestoso, todo poderoso, mas presente em nossas vidas. Somos nós que temos que nos aproximar Dele, pois Ele já pagou o preço para isso. Nós temos que nos colocar diante Dele em adoração com humildade e gratidão, não com exclamações triunfalistas.
Muitos chamam as bandas nas igrejas de “Levitas”, um nome não necessariamente merecido se fôssemos voltar para os Antigo Testamento para ver todas as responsabilidades e ações dos levitas. O papel dos líderes das igrejas é instruir, gerenciar e ajudar qualquer pessoa que pretende levar a igreja a adorar a Deus levando-a a ter maturidade, conhecimento e propósito ao fazer isso, sem doutrinas erradas ou superficialidade que não leva ao crescimento e verdadeira adoração.