A Razão do Desprezo
Propôs também esta parábola a alguns que confiavam em si mesmos, por se considerarem justo, e desprezavam os outros (lc 18:9).
É duro sentir o desprezo dos outros – o fazer “pouco caso” ou não dar atenção às palavras, desejos ou necessidades do outro. É lançar um “olhar altivo”, como é condenado em Provérbios muitas vezes. É “virar a cara”. Tudo isso é às custas do outro.
Qual é a razão fundamental para isso? É pensar que sou melhor do que a outra pessoa. É ser mais inteligente, mais sábio, mais importante, mais bonito, ter maior status do que o resto.
Facilmente isto entra no âmbito espiritual. É orar, não para Deus, mas para si, querendo ouvir palavras bonitas que serão elogiadas pela beleza e espiritualidade. É fazer atos religiosos, como jejuar, vigílias e se levantar de madrugada para orar, tudo com a finalidade de exibir sua superioridade. É ser como o fariseu na parábola de Jesus, condenado por ele.
Mas Deus se agrada do oposto – daquele que reconhece que é pecador e que não é em nada superior ao outro. Humildade autêntica, apenas pessoas salvas pela graça de Deus e não por nenhum mérito ou habilidade. A diferença está nas razões de fazer essas coisas – sincera busca e louvor a Deus, e auto exaltação.