Oração e Missão
. . . e também por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra, para, com intrepidez, fazer conhecido o mistério do evangelho (Ef 6:19).
Quando Paulo escreve a carta aos Efésios, ele se encontra numa prisão em Roma, esperando o julgamento perante o perigoso imperador, Nero. Ele estava no final da sua vida e já tinha passado anos enfrentando viagens, oposições, perseguições e vitórias. Ele tinha feito discípulos e plantado igrejas desde Antioquia até Corinto. Era respeitado pelos crentes e usado de forma poderosa nas mãos do Senhor na pregação, ensino e operação de milagres.
Apesar de todo sucesso e os muitos anos de experiência, Paulo não se achava capaz em si mesmo. Ele não chegou a um estágio de autossuficiência e perícia na sua vida e ministério. Ele ainda tinha plena consciência que precisava das orações dos crentes. Além disso, ele não pediu oração apenas dos pastores, presbíteros ou diáconos, mas de toda igreja. Precisava da oração de todos os irmãos para que pudesse abrir a boca e proclamar o Evangelho, mesmo diante de um terrível e poderoso imperador. Ele era um embaixador de Deus, na prisão ou fora dela, e a oração era um grande segredo para o exercício do seu trabalho.
Que diferença entre Paulo e muitos líderes hoje, que pensam que só eles sabem fazer orações, que seguem no ministério pensando que apenas eles são qualificados para orar e que não precisam de mais ninguém ou nenhuma oração de outros. Quantos crentes que não reconhecem a importância das suas orações em favor dos líderes e autoridades. Quantas pessoas que buscam em uma pessoa “importante” poder na oração, sem reconhecer que todos no corpo de Cristo têm acesso a Deus (Ef 2:18) e são ouvidos e respondidos.
Nesta manhã, vamos entender melhor o valor das nossas orações em favor dos outros, especialmente em favor dos líderes que precisam a cada dia a graça e capacitação de Deus.