Confronto com a Religião
E estão vendo e ouvindo como este indivíduo, Paulo, está convencendo e desviando grande número de pessoas aqui em Éfeso e em quase toda a província da Ásia. Diz ele que deuses feitos por mãos humanas não são deuses (At 19:26 NVI).
A proclamação clara do Evangelho, os milagres que acompanhou, e o ensino das Escrituras tiveram resultados marcantes. Após dois anos, todos na região tinham ouvido sobre Jesus e a Sua salvação. O poder do Espírito Santo era tanto que outros queriam usá-lo sem conhecê-lo. Os Sete filhos de Ceva tentaram fazer isso, mas os demônios atacaram e feriram os falsos pretendentes (At 19:14-16). O resultado de tudo foi a honra e glória a Deus e um radical compromisso de discipulado pelos novos convertidos. Muitos queimaram seus apetrechos religiosos.
O maior tumulto se deu quando a nova fé afetou o comércio de ídolos e ameaçou a posição de Artêmis, ou Diana, deusa principal dos efésios. Reuniu-se uma multidão no estádio para ameaçar Paulo e os outros. Finalmente o escrivão da cidade começou a acalmar todos.
Para a ala de missiólogos da contextualização radical, este exemplo é errado. Paulo errou, pois sua intervenção gerou em tumulto. Poderia ter deixado os crentes continuar com os ídolos, indo no templo de Diana, e praticando a maior parte dos ritos, já que “criam em Jesus nos seus corações”. Eles podiam ter “levado suas Bíblias” para o templo pagão sem causar conflitos ou confrontos.
Não é exagero que tem um grupo razoavelmente grande que ensina exatamente isso. Mas no texto, não há nenhuma dica que Paulo errou, ou que o tumulto foi um resultado ruim. Parece que era para ser assim mesmo na batalha espiritual e nos confrontos do Evangelho com os ídolos. É algo repetido ao longo da vida de Jesus e da igreja em todas as épocas.