Os Mártires
Quando ele abriu o quinto selo, vi debaixo do altar as almas daqueles que haviam sido mortos por causa da palavra de Deus e do testemunho que deram (Ap 6:9 NVI).
Independentemente de qualquer sistema de interpretação escatológica (sempre é perigoso criar um sistema para impor na Bíblia), fica claro que Deus permitiu e determinou o número de pessoas mortas pela fé em Jesus Cristo (veja também 13:5-10). Estão diante do seu trono, como mar de vidro (veja também 4:6; 7:9-17 e 15:1-4), louvando o Senhor e esperando a vingança do sangue derramado por eles.
A resposta é surpreendente: Jesus não diz que vai perdoar, vai esquecer, que eles devem perdoar e esquecer seus carrascos. Ele não nega vingança, apenas pede paciência enquanto os outros mártires, número já determinado, sejam mortos e o tempo da ira de Deus começar.
Estes mártires são de todas as nações (Ap 7:9), pessoas purificadas em Jesus, vindo da “Grande Perseguição” (vs 14, tradução de Williams[1]). O galardão deles é imenso: proteção, paz, sem nenhuma necessidade ou tristeza.
Satanás e os demônios podem torturar e matar, até usar animais para isso, mas não sem o plano de Deus que é muito maior. Vale a pena perseverar até o fim. Quando Jesus ressuscitou, ele pôs todos os demônios debaixo dos seus pés na essência, mas para realizar isso, ele usa a Igreja através dos santos (Ef 1:20 e muitos outros textos).
[1] Charles B. Williams, The New Testament: A Translation in the Language of the People. Boston: Moody Press, 1950.