Paulo Quebra a Cosmovisão da Época
Não mais como escravo, mas, acima de escravo, com irmão amado. Para mim ele é um irmão muito amado, e ainda mais para você, tanto como pessoa quanto como cristão (Fm 16 NVI).
“Quem sou eu?” e “Quem é o outro?” são perguntas feitas no nível de cosmovisão no esquema antropológico de traços culturais. A maioria das vezes não são perguntas conscientes, mas são respondidas ao longo da vida com informações recebidas dos pais, família, amigos e outros ensinos e contatos. Nossas atitudes dependem da cosmovisão adquirida.
Neste caso de Filemom, a resposta é que ele é um escravo, visto pela sociedade como propriedade que poderia ser vendida, comprada, usada e até morta, sem punição. Paulo introduz outro conceito chocante – ele é irmão, irmão amado! Muito amado de Paulo.
Irmão é igual, é honrado, considerado, ajudado, aceito. Ele é membro da mesma família. Contra a corrente do pensamento daquela época, este escravo fugido, mas arrependido deveria ser aceito de volta com igual honra, e não como escravo a ser punido porque ele fugiu.
Paulo e Jesus fazia isso constantemente, sempre quebrando preconceitos, unindo pessoas, tirando barreiras sociais e culturais. Derrubaram falsas hierarquias e posições privilegiadas.
Nós também poderíamos tomar uma dose forte do mesmo ensino em nossas culturas!