Dois Paradoxos
No meio da mais severa tribulação, a grande alegria e a extrema pobreza deles transbordaram em rica generosidade (2 Co 8:2 NVI).
É difícil imaginar esta cena – os filipenses, passando por sérios problemas e lutas, perseguições, mas transbordantes de alegria. Além disso eram pobres, extremamente pobres, como vivendo no sertão seco ou em uma favela. Mas, mesmo assim, exerciam riqueza de generosidade. Imploraram Paulo para ter o privilégio de contribuir com os famintos irmãos em Jerusalém. Deram-se primeiro para Deus e depois para os missionários e os necessitados.
Temos a ideia de que se a pessoa está atribulada e pobre, temos que ter pena e dar cesta básica e até dinheiro. Pensamos que uma igreja nova no sertão com certeza não teria possibilidade de dar o dízimo, muito menos ofertar para outro pobre ou para um missionário. Assim privamos os novos crentes e as novas igrejas de ter profunda alegria de dar do que tem ao Senhor e aos outros. Criamos igrejas dependentes, pedintes e preocupadas consigo mesmas – igrejas que não servem e que não expandem para o mundo.
Em Filipenses 4 Paulo agradece profundamente o recebimento de uma oferta desta igreja. Mas, acima do seu próprio benefício, ficou feliz pelo bem-estar espiritual e material da igreja como resultado da sua generosidade e solidariedade.
Em nosso trabalho missionário, devemos presar pelo bem-estar e crescimento das igrejas novas, não abafando-as com nosso excesso de cuidado material, mas encorajando-as a contribuir.