Nada de Imitação do Mal
Quando oferecerdes sacrifício pacífico ao Senhor, oferecê-lo-eis para que sejais aceitos (19.5).
Como é importante fugir de qualquer traço da idolatria e práticas dos deuses falsos. Práticas funerárias, se flagelar, ou marcar os corpos (dos vivos) era proibido. Não podiam usar corte cabelo ou barba, seguindo os costumes idólatras. Todas estas coisas faziam parte dos ritos e símbolos das nações canaanitas pagãs. As proibições, para o povo santo, separado para Deus, eram taxativas. Não poderia existir sincretismo no meio de Israel.
Na missiologia de hoje há muitas novas teorias sobre contextualização cultural. Alguns estão promovendo a participação de práticas funerárias e outros ritos, em nome da necessidade de identificação cultural e de não “chocar a cultura”. Recentemente há um movimento reivindicando a mudança de textos bíblicos para remover Jesus como “Filho de Deus”. Ele se torna “Enviado de Deus” ou outra expressão que pode ser mal-entendida pelos muçulmanos. É apenas um exemplo.
Temos que tomar muito cuidado! Há grande diferença entre respeitar, honrar a memória do morto, comunicar-se com ele, ajudá-lo na vida no além, ou ganhar benefício pessoal através dele ou através do trato com ele ou acerca dele. Há diferença entre um mero corte de cabelo e algo que vai agradar os ídolos e os deuses falsos em benefício próprio. Mais pior ainda, se tirar o fato que Jesus é o Filho de Deus, emasculamos o Evangelho e centenas de textos vão precisar entrar no bisturi.
Contextualização bíblica é uma necessidade para os missionários, o que Paul Hiebert chamou de “contextualização crítica”, ou criteriosa. Os critérios para Hiebert eram claros – limites bíblicos sobre o que o missionário e os novos crentes devem, ou não, aceitar como cosmovisões, valores e práticas culturais. Para conseguir isso, profundo conhecimento da Bíblia e da cultura são necessários, em um processo em conjunto com os missionários e os da própria cultura. Não é fácil, mas é totalmente indispensável.