Amigos da Onça
Ao aflito deve o amigo mostrar compaixão, a menos que tenha abandonado temor do Todo-poderoso (Jó 6:14).
No início do diálogo, Jó percebe que os seus amigos o tinham abandonado. Eram como um ribeiro que, de repente, se seca e não oferece as águas refrescantes prometidas. Jó não podia contar com os amigos em situação difícil. O calor do sofrimento acaba com o rio, que se torna leito seco.
O resultado disto são pessoas procurando por água, mas não achando; morrem do deserto. Buscam pelo menos algumas gotas de esperança, mas acham areia quente e seca.
Assim estava se sentindo Jó com as respostas rasas e erradas dos amigos, com sua falta de compaixão e compreensão. Pior ainda, culparam o próprio Jó pelos problemas dele. (Veja Jó 19:4-5.) Acrescentaram culpa em cima da dor, perda e desgraça.
Como estão os nossos “amigos” cristãos hoje em frente a doença e a perda? São diferentes? Qual o conteúdo das respostas dadas às pessoas que estão sofrendo? “Onde está sua fé?” “Deve ter feito algo errado!” “Deus é justo; eu sabia que isso ia acontecer.” “Apenas crer irmão, e será curado.” “Decretamos que não está doente.” “É errado confessar que está doente; é confissão negativa. Não deve falar nada, só confessar que está bem.”
Talvez estas pessoas precisem ler também Jó 19:1-5 e 25-29.