Jó 38:25-27

Água no Deserto

Quem abriu regos para o aguaceiro ou caminho para os relâmpagos dos trovões; para que se faça chover sobre a terra, onde não há ninguém, e no ermo, em que não há gente; para dessedentar a terra deserta e assolada (…) (Jó 38:25-27).

Nos últimos capítulos de Jó Deus se revela – Soberano, Criador, Mantenedor do Universo. Um texto em particular me tocou, porque é de conhecimento pessoal e era motivo de pavor.

Água no deserto. Fui criada no deserto de Califórnia, sem chuva a maior parte do ano e cercado de areia e cactos. Moramos num desfiladeiro pequeno ao pé de uma cordilheira de montanhas. Então, por que eu tinha tanto medo de água naqueles anos? Porque sabíamos que a qualquer momento, o céu poderia abrir e nos inundar com chuvas torrenciais. Nem precisava chover em nosso desfiladeiro; bastava chover nas montanhas distantes para de repente nosso desfiladeiro sofrer uma enchente destruidora. Como criança eu ficava atenta a qualquer barulho diferente para poder correr e escapar das águas violentas que poderiam nos atacar.

Mas as chuvas também trouxeram outro efeito – o brotar do deserto. Cada primavera, bilhões de flores apareciam para colocar um tapete de cores vivas em todo lugar. Os cactos se cobriram com amarelo, laranja e cor de rosa. É um milagre! É resultado da cheirosa chuva que vem raramente, mas vem, muito mais para dar vida do que tirar.

Os milagres e a beleza da criação são manifestações da glória de Deus, conforme textos como Salmo 19 ou Romanos 1. Devemos apreciar o que Deus fez, como Ele exorta Jó a fazer, assim reconhecendo a majestade, a glória e o poder de Deus.