O Poder das Palavras
Até quando afligireis a minha alma e me quebrantareis com palavras? (Jó 19:2).
É impressionante a reação de Jó à simples palavras. Como tem poder! Em vez de as confortar, as quebrantaram.
As palavras eram teológicas, sobre Deus e seu poder. Mas eram distorcidas e arrogantes. Em vez de confortar com palavras sobre Deus, serviram para aborrecê-lo e entristecê-lo. As palavras eram “injúria” (vs 2), acusações que criaram tristeza em cima da grande tristeza de reconhecer que o seu sofrimento de verdade vinha de Deus (vs 6-21). O erro foi que as palavras dos “amigos” culparam Jó em ter merecido, por atos dele, este sofrimento de Deus. Acusação no meio da dor e perda é muito difícil. (Temos que cuidar para não nos tornar iguais a estes “amigos”.)
O sentimento de Jó quanto seus amigos era que afastassem dele, como estranhos (vs 13). “Todos os meus amigos íntimos me abominam, o até os que eu amava se tornaram contra mim” (vs 19). Perda, sofrimento, dor, doença terrível, esposa acusadora, e amigos íntimos que se viraram contra ele. Que situação triste!
Mas, apesar de toda situação terrível, Jó exclama: “(…) eu sei que o meu Redentor vive e por fim se levantará sobre a terra” (vs 25)!
O que consolou Jó foi esta esperança, arraigada no seu coração apesar das palavras e problemas. Deus não morreu e nem está indiferente. Ele vive e é Redentor. Jó acreditava que ia ver Deus em pessoa (27).
Não apenas Jó terá a alegria de ver o Deus de amor, mas também de justiça. Os “amigos” serão castigados pelas falsas acusações e as colocações torcidas sobre Deus e Jó (vs 29). Mas, dirigido por Deus, o próprio Jó orou pelos acusadores para não acontecer este castigo. Será que agradeceram a ele? Se arrependeram das suas conversas tolas? Não sabemos, mas a lição da Grandeza de Deus e a fidelidade e confiança de Jó na tribulação serve de grande lição.