O Alvo-Mestre do Apóstolo
(…) que Cristo seja engrandecido (…) (Fp 1:20)
A carta de Paulo para a igreja de Filipos é uma das mais profundas expressões de amor e gratidão, mas sem deixar de edificar os irmãos com exortações e encorajamento. Paulo escreve da sua prisão em Roma onde ele fala sobre várias experiências marcantes com Deus, sobre amigos e alguns acontecimentos desagradáveis com pessoas.
No texto da nossa reflexão de hoje, Paulo acaba de escrever que os seus inimigos estavam “pregando Cristo” para embaraçá-lo, pela competição, ou para realmente complicar a sua vida ainda mais na prisão. Outros tinham se ajuntado na luta ao seu lado e pregavam por amor e confiança nos propósitos de Deus.
Em seguida é como se Paulo fosse perguntar: “E aí?” Ele se regozije no fato de Cristo está sendo pregado, seja qual for o motivo. Ele está arraigado na certeza que, pelas orações da igreja, ele será abençoado ricamente. Ele confia que Deus vai dar coragem e sabedoria na proclamação do Evangelho, seja na prisão, diante das autoridades, ou diante de carrascos. Ele é tomado por um objetivo maior, bem maior, do que seu bem estar ou sua popularidade. Almejava a glória de Deus através da sua vida e da vida dos ouvintes na unidade, no amor e na justiça da igreja (1:9-11, 20). Ele estava na prisão “pela defesa do Evangelho” (1:16) e confiava que tudo seria para sua “libertação” – não da morte necessariamente (pois, morreu mais tarde), mas que ele fosse fiel em qualquer prova. Paulo provavelmente estava numa prisão domiciliar, melhor do que a sua segunda prisão de Mamertine (segundo a descrição de Paulo e a tradição cristã), mas, mesmo assim, encontrava-se acorrentado sempre a um centurião. Ele não pedia libertação da prisão, mas libertação do pecado, da fraqueza e da incerteza. Ele não queria envergonhar o Evangelho (em vez de ficar triste pela vergonha de ser preso). Apesar de tudo, sua alegria era abundante, porque ele vivia para algo maior do que seu conforto ou até sua própria vida; ele vivia para servir e glorificar a Deus.