Filipenses

Tudo e Todos

…. a todos os santos em Cristo Jesus (Fp 1:1)

A igreja de Filipos era uma igreja heterogênica, um modelo de como deve ser nossas igrejas e as igrejas que vamos plantar no sertão ou em outras bandas do mundo. Pode verificar que desde o início a igreja consistia em uma mulher grega rica, uma jovem que tinha sido libertada de demônios e da escravidão humana, e um provavelmente grosseiro carcereiro romano (Atos 16:11-40). Apesar das grandes diferenças sociais e raciais, Paulo presa pela unidade desta igreja na sua carta enviada a ela. De várias formas ele chama a igreja a amar e honrar uns aos outros, sinal da presença e transformação salvadora de Jesus Cristo. Para este fim ele emprega repetidamente a palavra “todos”.

Todos são participantes do Evangelho (1:7). É claro, desde Gênesis, que o propósito de Deus é alcançar as nações, usando Seu povo Israel e depois, a Igreja. O amor de Deus, a oferta do Seu Filho na cruz, a mensagem de salvação não é para uma elite, uns privilegiados, mas para todos – escravo, rico, pobre, líder e liderado.

Paulo dá graças por tudo, por todos, e todas as vezes que lembra deles (dependendo da tradução) (1:3-4). A gratidão era abrangente e a oração constante. Para Paulo, todos os filipenses são uma parte muito importante da sua história e da sua vida. Eles tinham cooperado com ele financeiramente várias vezes e esta carta é uma carta de profundo agradecimento e alegria (1:5) pelas suas vidas e sacrifício em favor dele e em favor do Evangelho (veja 4:10-20).

Paulo respeita todos, pois eles são coparticipantes da graça de Deus (1:7). O respeito não é baseado em posição, “importância”, status, poder aquisitivo, fama ou nível acadêmico. A base do amor mútuo (ele os tem no coração) é o fato que estão juntos com ele na graça de Deus, redimidos do pecado e da perdição da mesma forma. Nenhum deles merece esta salvação do Evangelho, mas Deus concedeu pela graça a todos eles, sem distinção. Por isso Paulo não poderia fazer distinção também.

Paulo tem saudades de todos eles (1:8). Ele não ama mais um grupinho, seus “amigos especiais” ou alguns mais privilegiados diante dele. Não. Ele sente saudades de todos eles, de igual forma. Graças a Deus, isto é a vontade de Deus para todos nós – amar os irmãos de igual forma, sem panelinhas e sem preconceito.

Paulo ora que o amor deles aumenta em toda percepção (1:9). Não temos ainda toda percepção da importância do amor mútuo e amor a Deus. Por isso Paulo ora, para que possam continuar crescendo, sem estacionar, satisfeitos com um relacionamento na igreja e na vida cristã com Deus bem abaixo do nível possível

Toda guarda ouviu o Evangelho (1:13). Paulo aproveitava todas as oportunidades para evangelizar as pessoas perto dele. Aqueles guardas, que tinha o poder de infligir sofrimento e morte a ele, eram motivo de compartilhar o amor de Deus em Cristo.

Acima de tudo tinham que permanecer firmes no Evangelho (1:27). Nada era maior do que ser digno de Cristo.

Nem todos eram fiéis (1:14-18). O amor de Deus é para todos e Paulo também amava e respeitava todos, mas nem todos receberam este amor extraordinário. É possível ter muitas bênçãos em nossa frente, e rejeitá-las. É possível até se tornar nocivo para o Evangelho e para os servos de Deus e a Igreja. É possível ser egoísta e destruidor.

A rica linguagem e sentimento desta carta à amada igreja em Filipos jorra amor, gratidão, inclusão, respeito mútuo, ajuda prática, emocional e espiritual, mas, mesmo assim, era necessário seguir e crescer no conhecimento do Senhor. Não era automático só porque pregava ou tinha o nome “cristão”.