Cuidado com a Contextualização
Não ofereci nada aos mortos (Dt 26:14c NVI).
Algumas regras básicas aparecem nestas instruções de Moisés ao povo. Ele tinha que compartilhar com os pobres, os líderes espirituais, os estrangeiros e viúvas e órfãos. Não poderia pegar “só um pouquinho para ele mesmo”. E não podia oferecer nada aos mortos, costume dos canaanitas, e de muitos povos nos dias de hoje.
Há muita controvérsia em missões sobre o problema contextual de ritos fúnebres. O crente pode participar? Como fica diante da família se não? Pode fazer alguma parte, e outra, não?
Não é nada fácil responder estas perguntas. Neste texto dar comida aos mortos, como se fossem vivos, era proibido. Era comungar com o mundo proibido. O missionário não pode levar de forma superficial a questão. Não pode fechar os olhos para o perigo de desagradar a Deus. Precisa de discernimento, compromisso com Deus tão somente, e muita sabedoria em ajudar os novos crentes (e velhos) saber o que está certo e o que está errado.
Uma aluna minha faltou na aula um dia. Quando voltou na outra semana, estava muito triste e chorosa. Como japonesa, ela foi forçada por seu pai a participar dos ritos fúnebres do avô, algo que ela sabia era errado. Ela teve discernimento, mas não tinha forças para resistir a pressão da família. Quem trabalha nestas culturas de culto aos mortos ou outros ídolos, tem que ter muito discernimento para ajudar os discípulos novos saberem como se comportar diante dos desafios sem ferir a vontade de Deus.