Contextualização no Antigo Testamento
Abstenham-se de fazer aliança com os moradores da terra para onde vais; para que te não sejam por cilada. Mas derrubareis os seus altares, quebrareis as suas colunas e cortareis os seus postes-ídolos (porque não adorarás outro deus; pois o nome do Senhor é Zeloso; sim, Deus zeloso é ele) (12-14).
A contextualização é um assunto muito discutido na atualidade. Há práticas de contextualização que variam desde à total separação do missionário da cultura até a identificação quase total, deixando qualquer expressão cristã de fora.
Em Êxodo começamos a entender a vontade de Deus sobre a contextualização. Desde Gênesis há exemplos disso, como na vida de José. Ele participou profundamente da vida dos egípcios, sem pecar contra as leis de Deus e sem quebrar o que tinha aprendido com seu Pai Jacó e com seu avô Isaque. Em Êxodo temos o registro das instruções de Deus para Israel sobre a entrada em Canaã, uma terra com povos que chegaram ao nível insuportável de abominações contra Deus e contra todo o limite de moralidade e bom senso.
Os israelitas não podiam, de jeito nenhum, se identificar com eles. Por isso Deus dá uma ordem quase incompreensível – destruir tudo! Deus sabia que a força do pecado e da idolatria dos canaanitas era maior do que a resistência dos Israelitas. Quando desobedeceram e não destruíram tudo, foram tragados muitas vezes pelas correntes do mal dos seus vizinhos.
Nos nossos dias de relativismo e sincretismo, vejo que devemos prestar atenção à seriedade da idolatria e vida abominável diante de Deus e os outros.