Números 14.20-45

A Razão do Castigo

Porém tão certo como eu vivo, e como toda a terra se encherá da glória do Senhor, nenhum dos homens que, tendo visto a minha glória e os prodígios que fiz no Egito e no deserto, e todavia me puseram a prova já dez vezes e não obedeceram a minha voz, nenhum deles verá a terra (Nm 14.21-23a).

O povo se virou contra Deus. Tinha visto o poder de Deus manifesto no Êxodo de Egito, nos prodígios e nos milagres. Mas agora, tornou-se rebelde, murmurador e fraco na fé. Não acreditou num Deus que tinha manifesto Sua glória e que tinha prometido a terra. Rejeitou Deus, este Deus que no futuro vai encher toda a terra da Sua glória (veja Habacuque 2.14 e Isaías 11.9), quanto mais um pequeno pedaço diante da qual os Israelitas estavam recuando.

O castigo foi de quarenta anos no deserto, debaixo de calor do sol e comendo apenas maná. Era um ano para cada dia que os espiões passaram na terra dos canaanitas. Foi um castigo forte, mas sabemos que era por amor, misericórdia e perdão, pois não os exterminou (Nm 14.17-18; Ex 34.6-7).

Qual foi a reação do povo? “Não, Senhor, vamos atacar! É agora!” Foi à peleja por conta própria, tentando resolver por si mesmo o seu pecado. A derrota era certa, e o povo voltou envergonhado para seu deserto e habitação até todos os homens incrédulos da idade de vinte anos para cima morreram nele. Só Caleb e Josué não morreram, porque creram.

Como somos semelhantes! Sem fé, reclamando da nossa “sorte” e das pessoas e circunstâncias, voltando contra o Deus de amor, glória e justiça, tentando resolver por conta própria nossos pecados e estragos. Há consequências para tudo que fazemos em rebeldia e desobediência, mas também há misericórdia e perdão. Há recuperação e maravilhosa experiência do amor reparador do nosso Deus, mesmo no meio do castigo.