Pode-se Matar um Assaltante?
Se um ladrão for achado arrombando uma casa, e, sendo ferido, morrer, quem o feriu não será culpado do sangue.
Há uma diferença cultural entre Brasil e os Estados Unidos no trato com ladrões e homens violentos. Admiro a atitude brasileira de orar, testemunhar e tentar tratar um ladrão ou assassino com amor cristão. Conheço pessoas que repreenderam demônios na hora do assalto, e foram libertos os seus assaltantes.
Na cultura onde fui criada, nos Estados Unidos, a reação é diferente. Fomos ensinados que devemos nos defender e defender nossa família, mesmo se tivermos que matar o invasor. Ninguém seria processado ou criticado ao fazer isto. Não seria julgado como errado perante a igreja ou os irmãos cristãos. Ao contrário.
Minha mãe foi um exemplo desta atitude durante uma visita dela ao Rio de Janeiro. Quando assaltada por dois homens, ela se defendeu, segurando sua bolsa com toda força (apesar de eu tê-la orientado que no caso de assalto ela deixasse os ladrões levarem o que quisessem). Frustrado, um dos dois voltou minutos depois e tentou de novo. A alça da bolsa quebrou, mas minha mãe, de 80 anos, segurou a bolsa, que não tinha nem dinheiro, nem documento, e o homem continuou frustrado! Graças a Deus, foi numa época antes da violência desenfreada de hoje; os homens não a machucaram, mesmo jogando nós duas no chão.
Quem tem razão? A Bíblia diz que “quem o (o ladrão que morre na mão da vítima) feriu não será culpado de sangue”. Creio que os americanos têm plena razão. Também creio que os brasileiros tenham razão. Devemos amar os inimigos. Mas também não devemos condenar aquele que defendeu seu lar e a sua família. A Bíblia nos ensina sobre esta responsabilidade.