A Bênção Não é Automaticamente Hereditária
Porque eu o escolhi para que ordene a seus filhos e a sua casa depois dele, a fim de que guardem o caminho do Senhor e pratiquem a justiça e o juízo; para que o Senhor faça vir sobre Abraão o que tem falado e seu respeito (Gn 18:19).
Era necessário que Abraão ordenasse e ensinasse aos seus filhos sobre as promessas e as responsabilidades diante de Deus que os escolheu. A bênção não era automática. Não excluía responsabilidade e obediência. Não era fatalista. Os descendentes tinham que continuar obedecendo o Senhor, através das gerações.
Em Gênesis 26.4-5 Deus repete para Isaque a promessa de multiplicação e de benção para todas as nações através de Israel, tudo ainda dependendo da obediência. “…porque Abraão obedeceu à minha palavra e guardou os meus mandados, os meus preceitos, os meus estatutos e as minhas leis” (NVI). Gênesis 22:18; 18:18; 24:6; 28:14 e 49:10 são outros textos importantes para compreender os privilégios e deveres do povo de Deus.
Na vida de José, bisneto de Abraão, é óbvio que foi instruído nos caminhos do Senhor, pois permaneceu fiel e foi uma grande bênção na terra de Egito, como a promessa tinha indicado.
A Igreja evangélica no Brasil tem sofrido uma queda no ponto de vista da ética nos últimos anos. Parece que ser “crente” é ser “membro” de uma igreja “dos crentes” e ter um bilhete para o céu. A ideia de servir a Deus, obedecendo-O e fazendo a Sua vontade, não está tanto em pauta. Até líderes destacados tem caído em várias formas de degradação. O discipulado está em falta. Não mais aprendemos a conhecer e guardar os caminhos do Senhor.
Pode-se verificar a importância deste discipulado contínuo em Gênesis 22.18; 18.18; 24.6; 28.14 e 49.10. Deuteronômio, com suas últimas ordenanças de Moisés ao povo, este contínuo ensino é essencial para o bem-estar de Israel.
Não mudou. Assim como era importantíssimo para o povo de Israel, é para o povo da Igreja de Cristo de hoje. Quantas bênçãos perdemos porque ignoramos o ensino da Palavra de Deus, colocando-a na prateleira ou deliberadamente não não reconhecendo a desobediência e descaso. Agimos para satisfazer desejos egoístas imediatistas, sem perceber que estamos nos prejudicando ao longo prazo. Que o Senhor nos ajude crescer em obediência e dedicação exclusiva a Ele.