A Escritura
Antes de mais nada, saibam que nenhuma profecia da Escritura provém de interpretação pessoal, pois jamais a profecia teve origem na vontade humana, mas homens falaram da parte de Deus, impelidos pelo Espírito Santo (2 Pe 1:20-21 NVI).
Na sua segunda carta, Pedro ainda escreve para as igrejas espalhadas, algumas das quais tem pastores corruptos e enganadores. Tinha passado apenas 30-35 anos após a morte e ressurreição de Jesus, e a nova igreja já estava sendo assolada por líderes inescrupulosos. Pedro, provavelmente de uma prisão em Roma, escreve sobre suas preocupações.
Pedro se endereça aos membros e líderes dessas igrejas, implorando-os a serem fiéis à Palavra verdadeira que veio de Deus.
Eles conheciam a verdade da Palavra, mas não deveriam deixá-la esfriar ou cair no esquecimento. Para isto tinham que tomar várias atitudes:
- Lembrar constantemente (vs 15 e 3:2) e prestar atenção (vs 19) ao que estava escrito.
- Ter certeza de que a Bíblia não é uma fábula. É a verdade (vs 12; 2:2) em tudo que declara (vs 16). Pedro era testemunho ocular desta verdade (vs 16-18). É totalmente verdade (20), algo que o próprio Jesus mandou ensinar (3:2).
- Os acontecimentos cercando Jesus garantiam a veracidade do Antigo Testamento (vs 19).
- Tem que ter cuidado na interpretação da Palavra (vs 20). Não temos liberdade de inventar significados (exemplos seriam “etnohermenêutica” ou a “Nova Hermenêutica”), ou mudar o significado original por causa da nossa cultura. A Bíblia deve ser aplicada em cada cultura, não “encaixada” conforme os contornos da cultura ou sujeitos a cultura.
- Deus, pelo Espírito Santo, dirigiu homens que escreveram a Bíblia. Não veio deles, mas através deles que temos a Revelação de Deus (vs 20-21).