“Teologias” ou “Mensagem”?
Por isso é preciso que prestemos maior atenção ao que temos ouvido, para que jamais nos desviemos. Porque, se a mensagem transmitida por anjos provou a sua firmeza, e toda transgressão e desobediência recebeu a devida punição, como escaparemos, se negligenciarmos tão grande salvação? Esta salvação, primeiramente anunciada pelo Senhor, foi nos confirmada pelos que a ouviram (Hb 2:1-3 NVI).
A Bíblia não se preocupa muito em “fazer teologia”, como muitos estão preocupados hoje. “Fazer teologia” é criar e aplicar verdades sobre Deus baseadas no cotidiano do contexto vivido. Há muitas teologias, dizem, e temos, como missionários, que ajudar cada um a criar sua própria teologia.
Parece, para mim, que a Bíblia não espelha esta ideia. Há uma mensagem, dada uma vez para sempre através de anjos que ajudaram homens inspirados a transcrevê-la. O próprio Jesus proclamou a mensagem e seus discípulos continuaram a mesma proclamação, selada com milagres pelo Espírito Santo.
A igreja, os discípulos, inclusive missionários, em primeiro lugar têm que levar esta mensagem, sem desviar, sem abandoná-la, e sem inventar novidades. É esta mensagem que tem que ser aplicada fielmente em cada cultura, compreendida e seguida com fidelidade pelos discípulos de Jesus. Isto se chama “contextualização” da teologia bíblica, não invenção de teologias. As aplicações não serão iguais necessariamente, mas os princípios e ensinos didáticos são imutáveis.
O centro da mensagem é o mesmo em toda Bíblia – Jesus como propiciação (vs 17), a destruição da morte (vs 14-15) e a purificação dos pecados (1:3).