1 Coríntios 5:1-8

O Discipulado e a Ceia

Livrem-se do fermento velho, para que sejam massa nova e sem fermento, como realmente são. Pois Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi sacrificado. Por isso, celebremos a festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da perversidade, mas com os pães sem fermento, os pães da sinceridade e da verdade (1 Co 5:7-8 NVI).

Deus deu símbolos para Israel e para a igreja para que constantemente pudéssemos ser relembrados de realidades espirituais. O símbolo é concreto, de fácil compreensão, quanto a realidade espiritual abstrata é facilmente esquecido ou não compreendido. O símbolo traz a memória e mostra visivelmente e experimentalmente a lição espiritual por trás dele.

Por isso Paulo compara a permissividade moral da igreja de Corinto com uma deturpação de um dos símbolos da ceia. Permitir incesto/adultério na igreja é igual a tomar a ceia com pão fermentado, algo que era proibido para os judeus desde a noite do Êxodo do Egito. A igreja não modificou este símbolo; continuou com fortes significados.

A ceia para os judeus e para a igreja tinha que ter pão sem fermento, ordem absoluta no Antigo Testamento, sujeito a pena de morte para quem descumprisse. Em 1º Coríntios 5 Paulo abre a janela da nossa compreensão a razão desta proibição. Fermento simbolizava pecado, algo não tão claro no Antigo Testamento, mas trazido à luz no Novo. Pão com fermento na ceia é igual a pecado presente no corpo de Cristo. O símbolo tinha que corresponder com a verdade para poder ensinar a lição.

A igreja brasileira perdeu quase totalmente o significado da ceia quando sempre usa pão com fermento. É um não-símbolo, ou um anti-símbolo. Não ensina nada apesar de dizer que representa o corpo de Cristo. Mas o corpo dEle foi sem pecado, perfeito. O pão sem fermento representa este corpo de Jesus e é aplicado para a igreja, “corpo de Cristo”, que também deve ficar sem pecado. Por isso não devemos tomar a ceia de forma indigna, mas pedir perdão e resolver conflitos antes de participar dela. Perdemos a oportunidade de aplicar esta lição e desobedecemos a clara ordem de Jesus quando Este, na Sua última ceia, mandou continuar fazendo o mesmo em memória dEle.