Os “Ungidos do Senhor”
No passado surgiram falsos profetas no meio do povo, como também surgirão entre vocês falsos mestres. Estes introduzirão secretamente heresias destruidoras, chegando a negar o Soberano que os resgatou, trazendo sobre si mesmo repentina destruição. (2 Pe 2:1 NVI).
Com este texto voltamos a escrever sobre uma doutrina nociva que circula largamente em nosso meio. Quando o pastor é inquestionável, pois é “o ungido do Senhor” – um tipo Moisés. Temos que submeter a ele, aceitar o que ensina, sem questionar, e fechar os olhos para seus pecados, pois são “humanos também”. Inclusive existem grupos de reflexão de pastores que aparentemente até reforçam esta “humanidade”, desculpando o pecado. Se o pecado for descoberto, tudo é feito escondido, para não criar escândalos.
O Novo Testamento tem uma diferente história. Já vimos em 1 Timóteo 5:19 que o pastor pode e deve ser julgado publicamente, mas com dois ou três testemunhos. Em 2 Pedro 2 é bem mais forte. Há pastores mercenários. Eles pregam, lideram, organizam igrejas e denominações só para o dinheiro. Falam contra adultério, roubo, mentira e corrupção, mas o tempo todo, e de propósito, fazem tudo isso. Arrogantemente ensinam heresias e vivem na luxúria.
A condenação destas pessoas é radical. São como cachorros comendo o vômito, ou porcos na lama. Vão ser destruídos. Pode não ser amanhã, mas o dia chegará do justo julgamento do Senhor sobre estes líderes que levam as ovelhas nos caminhos errados e recusam ser corrigidos porque são “ungidos do Senhor”. Quando expostos, “o caminho da verdade é infamado” (vs 2), exatamente como tem acontecido. É comum ter um evangelicalismo “pop”, que é raso, sem ética e sem a verdade. Isto tudo deve ser confrontado e corrigido, como Pedro está fazendo, não tratando com medo ou com os olhos fechados.