2 Coríntios 6:14 – 7:1

Limites da Contextualização

Que acordo há entre o templo de Deus e os ídolos. (…) Portanto, “saiam do meio deles e separem-se”, diz o Senhor (2 Co 6:16-17a NVI).

O que tem o crente em comum com o não-crente? O Templo de Deus e os ídolos? Cristo e Satanás? A resposta é nada, simplesmente nada! Além de ter nada em comum, é para se separar e nem tocar nas coisas impuras da idolatria das religiões e práticas satânicas. O temor do crente é a Deus, tão somente.

Antônio Nasser, nas suas boas anotações sobre 2° Coríntios na BÍBLIA MISSIONÁRIA DE ESTUDO (Sociedade Bíblica do Brasil, 2014, p. 1201) escreve:

Devemos procurar não confundir a visão missionária de alcançar os perdidos com esse ensino sobre ‘comunhão’. Não há comunhão entre o povo de Deus e os que não o são. Não há comunhão entre a justiça e a injustiça, e assim por diante. Vamos ao mundo para anunciar a vida que Cristo nos dá, mas não fazemos sociedade com ele.

Infelizmente, com o surgimento da contextualização radical, muitos tomaram o “templo” como cultural ou figurativo apenas, sem força para aplicar em contextos de hoje. Para eles não pode comparar este texto com mesquitas ou oratórios católicos ou budistas. Por isso os da contextualização radical pensam que não precisa se separar, pode continuar na comunhão com frequência nos lugares e com a prática dos ritos e rezas.

A Bíblia taxativamente rejeita essa ideia. É contaminação continuar na mesquita, no centro espírita, no templo hindu ou no pagode budista. É proibido misturar ritos de Belial com os do Deus verdadeiro. Esta proibição não existe apenas neste texto, mas há outras fortes proibições ao longo da Bíblia. Temos que cuidar da contextualização que não é criterioso ou biblicamente orientada, como Paul Hiebert sempre ensinou.